Nós Guias, falamos pouco da Amélia de Leuchetemberg, e ela tem muitas histórias para ser contadas, apesar do curto período em que ficou no Brasil. E também, era bonita, discreta e sem duvidas, inteligente para a época.

# Era neta de Josephine Beauharnais, primeira esposa de Napoleão Bonaparte. O pai dela, Eugene de Beauharnais, foi nomeado vice-rei de Itália por Napoleão, onde Amélia nasce em Milão, o dia 312 de Julho de 1812.

D. Amélia foi a quarta filha do general Eugênio de Beauharnais, 1° duque de Leuchtenberg e sua esposa, a princesa Augusta da Baviera. Seu pai era filho de Josefina de Beauharnais e seu primeiro marido, o visconde Alexandre de Beauharnais, bem como filho adotivo de Napoleão Bonaparte, que o fez vice-rei da Itália. Sua mãe era filha do rei Maximiliano I José da Baviera e de sua primeira consorte, a princesa Augusta Guilhermina de Hesse-Darmstadt. Entre os irmãos de Amélia estavam Josefina de Leuchtenberg, rainha consorte de Óscar I da Suécia, e Augusto de Beauharnais, príncipe consorte de D. Maria II de Portugal (enteada de Amélia). Napoleão III foi seu primo-irmão. Amélia de Leuchtenberg passou a sua infância e parte de sua juventude em Munique. Ela foi oficialmente apresentada à corte da Baviera no Natal de 1828, aos dezesseis anos.


# Conta uma lenda que Napoleão conheceu a Josephine pelo Eugene (pai da Amélia), quem se apresentou ante a celebridade para pedir a espada do pai morto em batalha, o impacto da atitude do menino incentivou a napoleão a conhecer a sua mãe.

Amélia de Leuchtenberg chegou ao Rio de Janeiro em 16 de outubro de 1829, na fragata Imperatriz, vinda de Ostende, na Bélgica. Acompanhavam-na a bordo o marquês de Barbacena e a pequena dona Maria da Glória. A futura Maria II de Portugal, a quem o pai renunciara seus direitos ao trono português em 1828, ainda estava sem o trono por causa da usurpação e aclamação de seu tio Miguel I, patrocinada pela Áustria. Quando o marquês soube da usurpação em Gibraltar, ele, ao invés de entregar Maria da Glória ao avô materno, imperador da Áustria, seguiu com ela para Londres e, de lá, trouxe Amélia de Leuchtenberg.
O casal recebeu as bençãos nupciais na capela imperial no dia seguinte.
Amélia vinha ainda acompanhada pelo irmão mais velho, de dezenove anos, Augusto de Beauharnais, 2.° duque de Leuchtenberg, que foi condecorado pelo imperador, em 5 de novembro de 1829, com o titulo de duque de Santa Cruz. Mais tarde, Augusto casar-se-ia com Maria da Glória, tornando-se seu primeiro marido.

# Passou infáncia e adolescencia em Munique, Alemánia. O avô materno era Maximiliano I de Baviera, dai o titulo do pai: Duque de Leuchtemberg.

# O irmão dela Augusto de Beauharnais foi marido da Maria da Gloria, filha de D. Pedro I e rainha de Portugal. Augusto morre misteriosamente dois meses depois do casamento.

# Ela tinha só 16 anos quando foi procurada e 17 quando cheghou a Rio.

# Em Santos, São Paulo tem uma rua com seu nome no Bairro Ponta da Praia. No Rio existe o Solar da imperatriz, perto do Jardim Botânico, onde ela não morou mas se conta que o prédio foi construido para ela. Hoje funciona como escola de jardineria anexa ao Jardim Botânico.

Após a morte de sua primeira esposa, a arquiduquesa austríaca Maria Leopoldina, em dezembro de 1826, D. Pedro I do Brasil mandou buscar na Europa uma segunda esposa.
O marquês de Barbacena desempenhou um importante papel nessa missão. Ele passou meses procurando uma princesa na Europa.
A convenção matrimonial de 30 de maio de 1829 foi ratificada em 30 de junho, em Munique, pela mãe e tutora da noiva, a duquesa de Leuchtenberg. Em 30 de julho daquele ano, foi confirmado, no Brasil, o tratado do casamento de Sua Majestade e Amélia de Leuchtenberg.
A cerimônia do casamento foi realizada em Munique, a 2 de agosto daquele ano, na capela do palácio de Leuchtenberg, e o noivo foi representado pelo próprio marquês de Barbacena. Amélia tinha apenas dezessete anos e seu novo marido, trinta anos.
O marquês de Barbacena teve grande dificuldade em achar uma noiva, pois a fama do imperador não era boa na Europa, em parte por causa de Domitília de Castro e Canto Melo, sua polêmica amante.

# Solar da Imperatriz: O imóvel onde se localiza o Solar foi construído em 1750, arrendado, no final do séc. XVIII, e desapropriado por d. João VI, no início do séc. XIX, para a construção da Fábrica de Pólvora, que deu origem ao Jardim Botânico, em 1808.

O local tornou-se conhecido como Solar da Imperatriz, em 1829, pois acreditava-se que o Imperador d. Pedro I o teria dado de presente para a sua segunda mulher, Dona Amélia de Leuchtemberg.


# Pedro criou a Ordem da Rosa, com desenho da medalha idealizado por Jean-Baptiste Debret que, segundo discutido por historiadores, ter-se-ia inspirado ou nos motivos de rosas que ornavam o vestido de D. Amélia ao desembarcar no Rio de Janeiro. Um dos primeiros em receber a ordem foi o marqués de Cantalago, por auxiliar a Pedro, Amélia, o irmão dela Augusto, Maria de Glória e a baronesa Slorefeder depois de um acidente com a carruagem na rua do Lavradio conduzida pelo imperador. Ele quebrou duas costelas, todos os outros, menos Amélia, sofreram contusões.

# Na Corte se falava “domou a fera”, pois com Amélia o Imperador parecia se comportar fiel, mas na realidade, estava preocupado com fazer sua filha Rainha de Portugal, com as brigas com o irmão Miguel, e pelo firme propósito de manter poder em Europa. E também, Pedro gostava dela. Expressava os ciúmes a viva voz, até controlando a maneira de vestir da esposa.(na gravura Amélia e Maria)

# Ela teve um relacionamento muito carinhoso com Pedro II, ao partir, deixou uma carta para ele e uma cruz de brilhantes, o primeiro presente que Amélia recebeu do marido ao chegar a Brasil.

Firmeza de atitudes da jovem Imperatriz Da. Amélia

No Palácio de São Cristóvão, depois da bênção de núpcias de D. Pedro I com Da. Amélia de Leuchtenberg, o Imperador lhe apresentou os seus filhos. Com afetuosidades de comover, D. Amélia cobriu de abraços carinhosos, maternalmente, as princesinhas e o príncipe herdeiro.
De repente, D. Pedro lembrou-se de sua filha adulterina, e pediu à Marquesa de Itaguaí:
— Minha boa Francisca, vá buscar a duquesinha de Goiás.
Aquela ordem foi um choque. Da. Amélia estremeceu. Secou-lhe bruscamente o sorriso nos lábios. Com voz firme, fitando o Imperador nos olhos, disse:
— Majestade! Poupe-me a dor dessa apresentação. Eu quero ser mãe dos filhos de D. Leopoldina. Mas unicamente dos filhos de D. Leopoldina. Eu não quero conhecer – nem sequer conhecer! – a filha bastarda da Marquesa de Santos. Peço a Vossa Majestade, portanto, que faça retirar imediatamente essa menina do Paço. É o primeiro pedido, senhor D. Pedro, que a Imperatriz faz ao Imperador.
Sem esperar resposta, incisiva e decidida, ordenou:
— Marquesa, vá avisar às açafatas que a Duquesa de Goiás deve sair já deste Paço. Que preparem as malas.
Atônita, D. Francisca não sabia o que fazer. Olhou para D. Pedro, suplicando uma decisão. D. Pedro balbuciou apenas:
— Cumpra as ordens da Imperatriz, Marquesa.

Da. Amélia de Leuchtenberg, segunda esposa de D. Pedro I e Imperatriz do Brasil, amou os filhos de Da. Leopoldina de toda a alma, como o prometera, com desvelos de mãe. No dia da abdicação de D. Pedro I, ela escreveu uma carta ao pequenino D. Pedro II, então com 6 anos: “Não me pertences senão pelo amor que dediquei ao teu augusto pai. Mas quero-te como se fosses o sangue do meu sangue. Um dever sagrado me obriga a acompanhar o ex-Imperador, no seu exílio, através os mares, em terras estranhas. Adeus, pois, para sempre!”
Dirigindo-se às mães brasileiras, fez então uma súplica comovente: “Mães brasileiras, vós que sois meigas e carinhosas para com vossos filhinhos, supri minhas vezes: adotai o órfão coroado, dai-lhe, todas vós, um lugar na vossa família e no vosso coração. Entregando-o a vós, sinto minhas lágrimas correrem com menor amargura”.



# Ela voltou grávida a Europa, lá nasceu Maria Amélia Bragança, quem podemos ver em um bonito retrato no Museu Imperial de Petrópolis. Amélia volta a Baviera em 1850. A filha, Maria Amélia morreu de tuberculose aos 22 anos.
# Após a morte da filha, Amélia voltou a residir em Lisboa, onde morreu em 26 de janeiro de 1876, aos sessenta e quatro anos. Os restos mortais jazem na Cripta Imperial do Monumento à Independência do Brasil, em São Paulo, trasladados para o Brasil, em 1982 por iniciativa do então governador Paulo Maluf.

# Existe o Palácio de Leuchtenberg está localizado em Munique, Alemanha. Foi construído e projetado pelo arquiteto Leo von Klenze, sob ordens de Eugênio de . Hoje, é a sede do Ministério do Estado Livre da Baviera.Beauharnais

# A exposição “Amélia de Leuchtenberg torna-se Imperatriz do Brasil” foi inaugurada no domingo 30 de maio de 2010, no Palácio Leuchtenberg, no Centro Histórico da cidade alemã de Munique. A mostra relata, através do diário de viagem do Conde Von Spreti - que acompanhou a princesa em sua viagem ao Brasil após o casamento por procuração com D. Pedro I -, a experiência e as impressões de ambos no Brasil do século XIX. Foram expostas, ainda, duas placas e a insígnia da “Ordem Imperial da Rosa”, instituída por Dom Pedro I por ocasião de seu casamento com a princesa Amélia. (02/06/2010) - http://www.dc.mre.gov.br/

FONTES: Wikipédia, Imperatriz no Fim do Mundo: Ivanir Calado, 1992 / Jardim Botânico / Ministério de relações exteriores.


A Imperial Ordem da Rosa é uma ordem honorífica brasileira. Foi criada em 27 de fevereiro de 1829[1] pelo imperador D. Pedro I (1822 — 1831) para perpetuar a memória de seu matrimônio, em segundas núpcias, com Dona Amélia de Leuchtenberg e Eischstädt.



A família imperial brasileira teve sua origem na família real portuguesa, descendendo diretamente da Casa de Bragança, em comunhão com as casas de Habsburgo e Bourbon. Foi a soberana do Império do Brasil desde a sua fundação em 1822 até 1889 quando foi proclamada a república brasileira.







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