Há várias espécies conhecidas como paineira no Brasil, quase todas pertencendo ao gênero Chorisia. De todas, a mais conhecida é a paineira da espécie Chorisia speciosa St.-Hill. da família Bombacaceae, nativa das florestas brasileiras.
É árvore com até 20 metros de altura, tronco cinzento-esverdeado com fortes acúleos rombudos, afiados nos ramos mais jovens. As folhas são compostas palmadas, e caem na época da floração.
As flores são grandes, com 5 pétalas rosadas com pintas vermelhas e bordas brancas. Seus órgãos reprodutivos encontram-se unidos em um longo androginóforo. Os frutos são cápsulas verdes, que, quando maduras, explodem, expondo as sementes envoltas em fibras finas e brancas que auxiliam na flutuação, que é chamada de paina. Uma grande paineira pode deixar um tapete branco de paina caída aos seus pés no final da época de frutificação.
As paineiras são cultivadas especialmente por suas qualidades ornamentais (tronco imponente, folhagem decídua, flores grandes e coloridas e frutos que expõem as painas como flocos de algodão em seus ramos).
A paina é uma fibra fina e sedosa, mas pouco resistente, não sendo muito aproveitada na confecção de tecidos, mas mais como preenchimento de travesseiros e brinquedos de pelúcia. Por terem crescimento rápido são bastante indicadas para recuperar áreas degradadas.
FONTE; Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Classificação científica
Nome
Reino
Divisão
Classe
Ordem
Família
Subfamília
Género
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Chorisia speciosa
Plantae
Magnoliophyta
Magnoliopsida
Malvales
Malvaceae
Bombacoideae
Chorisia
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ÁRVORES BRASILEIROS: “A PAINEIRA”
por Pedro Jovchelevich
Por A escolha dessa árvore para ser apresentada neste boletim, foi obrigatória pela época do ano.
Entre dezembro e abril ela se impõe na paisagem pela beleza das flores cor-de-rosa, que se destacam ainda mais pela altura da árvore que chega a ter 30 metros e se sobressai nas matas do interior.
Neste ano a florada foi especialmente generosa e isso é um presente para nossos olhos, um bom presságio, pois há um ditado que diz que “florada farta é sinal de fortuna” !Fica evidente que esta árvore, da família das Bombacáceas, é perfeita para o paisagismo; mas deve-se levar em conta seu tamanho e utiliza-la para enfeitar grandes jardins e praças.
A paineira - Chorisia speciosa - também chamada de “barriguda” pela silhueta pouca elegante, tem madeira leve, pouco resistente sendo empregada para brinquedos, caixotoria, canoas, gamelas etc.Já o seu fruto, a paina, flutua pelo vento nos meses de agosto e setembro. Já foi muito usado para encher colchões e travesseiros, exercendo a função de isolante térmico e acústico, além de ser impermeável e praticamente emputressível, características que possibilitam seu uso para artigos náuticos, como coletes e bóias salva-vidas.
A paineira tem grande importância para a fauna silvestre: como alimento para pássaros que buscam o seu néctar e em troca polinizam suas flores; para o periquito verde e um certo percevejo que devoram suas sementes ricas em nutrientes; para os pequenos beija-flores que usam a paina para a construção dos ninhos.Segundo pesquisas científicas, e devido a essa predação das sementes, só se desenvolve uma planta para cada 10.000 sementes soltas na natureza.Essa “raridade” da paineira, a caracteriza como espécie secundária.
Na sucessão ecológica é antecedida pela Cindiúva, Embaúba e Ingá; é seguida pelo Pau d’Alho e companheira do Jatobá, Copaíba e Cedro.Numa agrofloresta estaria no dossel superior, acima dos citrus e café e ao lado do abacate. Seu manejo nesse sistema, inclui apenas podas esporádicas para retirada de ramos secos, por ser planta caducifólia (faz adubação verde expontaneamente) Deve ser plantada em espaçamento grande, correspondente à sua ocorrência na natureza.Para produção de mudas deve-se retirar a paina e colocar para germinar à meia-sombra. As sementes germinam logo e as mudas se desenvolvem com rapidez, atingindo até 5m em apenas 2 anos, se o solo for fértil.
Para aumentar ainda mais o interesse em plantar esta explêndida árvore, cabe lembrar que sua sombra é densa no verão, porém rala no inverno, quando perde suas folhas. Isto a faz também companheira de casas, que necessitam de sombra no verão e de mais sol durante o inverno.
FONTE: http://www.guiabioagri.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=209&Itemid=2
Fotos: Wikipedia e Guia Ana Cristina Thelma.
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MONTADA EM: 10-ABR-08
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