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Vitória Régia e a Rainha Vitória
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Pesquisas de O GUIA LEGAL
Falei em um dos meus Workshop que a Vitória Regia tinha esse nome pela “visita” da Rainha
Vitória ao Brasil, e a Argentina a princípios de século XX.
Os guias Niels e Maud olharam curiosos, aclarando, acertadamente, que a famosa
rainha nunca veio nos visitar.
Enfim, sonhei talvez, pois ela NUNCA VEIO e mo-rréu no começo do século XX (1901).
Mas, acredito ter chegado perto, as duas visões, a planta e a rainha, são
extremamente lindas e sua comparação cria a PRIMEIRA Versão sobre a denominação
da planta, veja abaixo:
A Vitória Régia, com toda a sua beleza e exuberância chama a atenção de
quantos a vêem, que ficam verdadeiramente extasiados.
E tal aconteceu com o botânico inglês Lindlev que, ao contemplá-la,
resolveu homenagear a rainha Vitória, da Inglaterra, e deu à planta
o nome da soberana inglesa.
Em 1829, Lindley obtém a cátedra de botânica no University College de Londres, posto que conserva até 1860. Em 1822 é nomeado secretário da Horticulture Society. Lindley é agraciado com a Royal Medal em 1857.
Lindley ensina a partir de 1831 na Royal Institution e a partir de 1836 no
Chelsea Physic Garden.
O nome do género , Victoria , foi-lhe atribuído em 1837 , pelo botânico inglês ,
John Lindley em homenagem á Rainha Victoria .
Pertencente a este género , existem 2 grandes nenúfares , o Victoria cruziana e o
Victoria amazonica e destas duas espécies já seis variedades foram criadas .
Lindley é autor de numerosas obras e artigos, tanto científicos como vulgarizadores. Contribuiu frequentemente para o Botanical Register. Participou na fundação da revista Gardener's Chronicle sendo o seu primeiro editor. Ocupou-se também da secção dedicada à horticultura
Para ver lindas imagens da Rainha aconselho visitar este link:
www.btinternet.com
A SEGUNDA Versão
Ao explorar a Guiana Inglesa, há mais de 150 anos, um inglês de nome Robert Schomburgk
viu um magnífico lago, cuja superfície estava inteiramente coberta por grandes
folhas redondas e carnosas.
Esta era a primeira vez que um europeu via uma das Ninféias mais extraordinárias
que se conhece: a Vitória-régia, cujas folhas podem atingir até dois metros de diâmetro.
Robert Schomburgk levou as sementes para a Inglaterra, onde um famoso jardineiro
de nome Baxter, conseguiu fazê-las germinar numa caríssima estufa, com a mesma
temperatura da Guiana.
Quando a planta se tornou adulta, produzindo 140 folhas de um metro de
diâmetro e 112 flores, Baxter tomou uma folha e levou-a à Rainha Vitória (1838-1901).
Com este gesto, o jardineiro foi nomeado baronete e a planta recebeu o nome da Rainha.
Em 1830, Schomburgk partiu para a ilha de Anegada, uma das ilhas Virgens, famosa por
seus naufrágios de navios.
Cuidou da ilha por conta própria e enviou à Royal Geographical Society,
em Londres, um relatório que criou tamanha impressão que, em 1835, a ele foi
confiado o comando de uma expedição à então Guiana Inglesa.
Ele cumpriu sua missão (1835-1839) com grande êxito, e incidentalmente
descobriu em 1837 uma planta aquática que posteriormente denominou Vitória-régia.
Em 1841 voltou à Guiana, desta vez como oficial do Governo Britânico para mapear
e fixar suas fronteiras.
O resultado foi uma fronteira provisória entra a Guiana e a Venezuela, conhecida
como a “Linha Schomburgk”, assim como a fronteira com a colônia neerlandesa do Suriname.
Ele veementemente aconselhou a regulamentação da fronteira com o Brasil, já que
alegou ter visto escravidão de índios locais – muitos dos quais já extintos – por
brasileiros.
Posteriormente, suas explorações nessa região geraria um conflito diplomático
que seria denominado Questão do Pirara, no qual o Brasil cedeu dois terços
do território disputado.
Ao voltar para a Inglaterra, ele recebeu da Rainha Vitória o título de
Cavaleiro da Coroa Britânica e se tornou de fato Oficial do Governo Britânico.
Navegações aconselhadas:
http://www.indaial.com.br/artigos/vitoria/vitoria1.htm
http://www.supridad.com.br/assinantes/pirarara/46.html
CARACTERÍSTICAS DA PLANTA
Não é à toa que ela tem nome de rainha. Suas imponentes folhas circulares - que chegam a 2,5 metros de diâmetro -, flutuam graciosamente nos rios da Amazônia. São graciosas, mas fortes: agüentam peso de até 40 quilos, sem afundar.
Já as belas flores, que mais parecem uma coroa, só desabrocham à noite. Na primeira, as pétalas são todas brancas, cor da lua. Na noite seguinte, a flor fica rosada. Na terceira, ganha um tom vermelho. É a última noite: a flor precisa afundar no rio, para espalhar suas sementes, que farão surgir novas vitórias régias.
Nossa amiga sempre encantou o bicho-homem. Índios da Amazônia até têm uma lenda para explicar como ela surgiu no mundo. Em tempos muito antigos, relatam, a bela índia Naiá viu Jaci (a lua) refletida das águas de um igarapé. Apaixonada, a moça mergulhou, para tentar alcançá-la. Lá do céu, Jaci compadeceu-se e decidiu transformar Naiá numa lua diferente: a vitória régia. É por isso que as flores só se abrem à noite, num gesto de amor.
Os cientistas, chamam nossa amiga de Victoria amazonica (Poepp.) J.E.Sowerby. Apesar de típica da Amazônia - ela é encontrada inclusive nos rios da Guiana Inglesa e da Bolívia -, eles contam que ela também se desenvolve no Pantanal Matogrossense.
Tem gente que confunde a vitória-régia com uma parente próxima, da mesma família Nynphacea. Trata-se da ninféia, também planta aquática, só que com folhas muito menores e flores que se abrem durante o dia. Em Inglês, Royal Water Lily. Em español, Lírio del Amazonas o Lírio de água.
Na natureza, quem faz o casamento da nossa amiga é um besouro. Ele voa de flor em flor, durante a noite, carregando o pólen nas suas patinhas de uma planta para outra. Com esta polinização, ocorre o cruzamento, para nascerem novas plantas.
Na Amazônia, nossa amiga floresce o ano todo. Mas, fora de seu ambiente natural, ela só dá flores uma vez ao ano. Agora, cientistas estão tentando aclimatar esta espécie ao estado de São Paulo.
Em fevereiro, pesquisadores do Instituto Brasileiro de Referência Ambiental e do Instituto de Botânica do estado trouxeram exemplares para Cabreúva, Mairiporã. São Paulo e Ubatuba. No começo de abril, eles anunciaram que o primeiro exemplar trazido ao Jardim Botânico da cidade de São Paulo, já floresceu pela primeira vez.
Na falta do besouro casamenteiro, os pesquisadores realizaram a polinização, levando com as mãos o pólen, de uma flor para outra. E prometeram colher as sementes da água, para plantá-las numa bolsa de lona contendo um lodo que imita as condições que a vitorinha-régia encontraria na natureza, para crescer. Só quando estiver mais desenvolvida, a plantinha voltará para o lago.
Além de estudar a temperatura e o pH da água ideal para o desenvolvimento das plantas, os cientistas também estudam os nutrientes que o lodo deve conter, para as vitórias-régias crescerem mais fortes, fora do ambiente natural.
Fonte: site América Mágica
Em uma tribo indígena da Amazônia vivia uma bela índia chamada Naiá. Ela acreditava que a lua escolhia as moças mais bonitas e as transformava em estrelas que brilhariam para sempre no firmamento. A índia Naiá também desejava ser escolhida pela lua para ser transformada em uma estrela.
Todas as noites ela saía de sua oca a fim de ser vista pela lua mas, para sua tristeza, a lua não a chamava para junto de si.
Naiá já não dormia mais. Passava as noites andando na beira do lago, tentando despertar a atenção da lua .
Em uma noite, a índia viu, nas águas límpidas de um lago, a figura da lua. A pobre moça, imaginando que a lua havia chegado para buscá-la, se atirou nas águas profundas do lago e morreu afogada.
A lua, comovida diante do sacrifício da bela jovem, resolveu transformá-la em uma estrela diferente, daquelas que brilham no céu. E ainda resolveu imortalizá-la na terra, transformando-a em uma delicada flor: a VITÓRIA-RÉGIA (estrela das águas).
Curiosamente as flores desta planta só abrem durante a noite. É uma flor de perfume ativo e, suas pétalas, que ao desabrocharem são brancas, tornam-se rosadas quando os primeiros raios do sol aparecem.
FONTE:
http://www.cdpara.pa.gov.br/cultura/lendas/len_vito.html
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