Ocupação ilegal causa perturbação a moradores da Urca

Projeto de AgroFloresta Urbana usa compostagem que atrai moscas e mosquitos para o bairro. Moradores já questionaram, mas não houve mudanças.


Uma ocupação ilegal que acontece na Urca têm perturbado moradores da região. O local ocupado é onde costumava ser o estacionamento do Instituto Europeo di Design (IED).

Um grupo de jovens moradores da Urca criaram um projeto de AgroFloresta Urbana, montando uma horta no espaço que pertencia ao IED.

Incialmente, o Instituto liberou uma pequena parte do estacionamento para o projeto, porém eles foram se espalhando e tomando conta, e após o Instituto devolver o local para a prefeitura, tornando-o espaço público, os moradores passaram a ter problemas com o projeto.

Com apoio dos organizadores, o espaço passou a abrigar moradores de rua, que por diversas vezes brigam entre si. Dessa forma, os moradores da redondeza escutam os gritos durante as brigas, que muitas vezes chegam às agressões físicas.

“Violência com os moradores não acontece não, mas tem violência entre eles, que também perturba a ordem e paz, né?!

Por exemplo, teve um dia que teve até facada… foi uma gritaria, uma confusão, meu marido até ligou para a polícia e falou que isso não ia dar certo porque era muito grito de xingamento e ameaça.

Vários moradores também chamaram a polícia, mas quando eles chegaram, um morador de rua já tinha sido esfaqueado pelo outro. Então a gente tem esse tipo de problema e não sabe mais o que fazer para tentar resolver”, contou uma moradora que preferiu não se identificar.

Além disso, os moradores também se queixam da quantidade de moscas e mosquitos que têm surgido no local. O motivo é a compostagem feita para adubar as plantas da horta, com uma mistura de fezes de galos e galinhas com fezes humanas. Depois, a compostagem passou a ser usada nos canteiros de árvores de rua, proliferando moscas por todo o bairro.

“Eles usam a mesma compostagem das hortas nos canteiros de árvores do bairro, aí as moscas se espalharam mesmo.

Se no inverno já está tendo muita mosca, imagina no verão, no calor do Rio de Janeiro como vai ficar. Essa é a preocupação da gente”, a moradora relatou.