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RIO GEOLÓGICO




A Geologia é a ciência que estuda a Terra, sua evolução e a dos seres vivos ao
longo do tempo. A história da Terra tem origem há cerca de 4,5 bilhões de anos,
idade de sua formação.


A GEOLOGIA E O RELEVO - AS MONTANHAS


As rochas que formam as montanhas do Parque Nacional da Tijuca tiveram sua origem durante o período pre-cambriano, com idades em torno de 1,7 bilhão de anos. Essas rochas, no início de sua formação, constituíam depósitos sedimentares em antigos mares.

Com o gradativo soterramento por novas camadas, elas foram se transformando devido ao aumento da temperatura e pressão, até se tornarem as rochas que hoje conhecemos. Essas litologias constituem-se basicamente por gnaisses (gnaisse facoidal e biotita-gnaisse), quartzitos, rochas, calcissilicáticas, etc.

Também são encontradas rochas de origem ígnea (plutónica). Por toda a área do Parque são encontrados gnaisses de origem ígnea, resultantes do metamorfismo e tectonismo, atuando sobre antigos granitos que cortavam os gnaisses de origem sedimentar.

Como rochas ígneas menos antigas (cerca de 600 milhões de anos), temos o granito da "Cabeça do Imperador", na pedra da Gávea; os granitos do Vale do Elefante e dos Urubus, no Grajaú; e os pegmatitos que cortam todas as litologias.

Por fim, temos os diques de diabásio de idade Mesozóica (cerca de 200 milhões de anos), como manifestação ígnea mais recente. O seguimento de todas estas rochas, formadas a grandes profundidades, ocorreu durante o período terciário, provavelmente como reflexo de separação entre a América do Sul e a África, no final do período cretáceo, há 140 milhões de anos.

Ao mesmo tempo que as rochas durante o período quaternário (últimos 2 milhões de anos), o mar sofreu uma série de trasgressões e regressões, depositando sedimentos nas regiões mais baixas, como as planícies de Jacarepaguá, Barra da Tijuca, São Conrado, Lagoa Rodrigo de Freitas, Copacabana, Tijuca, etc.

Nessas épocas de nível do mar mais elevado, o oceano alcançava a base das montanhas do Parque Nacional da Tijuca, formando ilhas e penínsulas.

As montanhas que integram o Parque são em número 69, acrescendo-se 2 outras que, embora fora de seus limites, estão ligadas por uma serrilha que desce próxima ao Pico do Papagaio, Pico Taunay, de 700 m, e Pedra de São Francisco, de 316 m. de altitude.

PARQUE NACIONAL DA TIJUCA, Carlos Manes Bandeira, Makron Books,1994.



CARACTERISTICAS GEOLÓGICAS DA    FLORESTA DA TIJUCA


O Maciço é formado predominantemente por rochas metamórficas de tipo gnáissico, ocorrendo também intrusões graníticas.

Apresenta um relevo intensamente fraturado, com inúmeros paredões e escarpas verticais. É drenado por uma série de cursos d´água que descem as encostas e deságuam nas formações lagunares de pequena profundidade instaladas na sua base, ou, diretamente no mar.

Os solos da Floresta são em geral rasos, bastante humosos e ácidos, predominantemente do tipo latossolo vermelho-amarelo nas partes mais baixas, e do tipo litossolo mais próximo ao alto da serra.

A formação Geológica e o regime hídrico fizeram com que o Maciço seja rico em grutas e cavernas, particularmente no alto da Serra da Tijuca.

Agindo sobre os solos pouco estruturados. A erosão pluvial e os cursos d´água, muitos deles subterrâneos, arrastam as camadas mais permeáveis e abrem cavidades nos leitos sedimentares.

As grutas e abrigos mais conhecidos são aqueles do complexo do Morro do Archer, mas dezenas de outros ocorrem nas vertentes do Pico do Andaraí Maior, Bico do Papagaio, etc.

A FLORESTA DA TIJUCA, ed. Nova Fronteira, 1992



AS MONTANHAS DO ESTADO DO RIO


Apesar da sua pequena extensão territorial, o Rio de Janeiro possui uma concentração de montanhas tal que faz do estado um verdadeiro paraíso para a prática do montanhismo.

No extremo oeste do estado, na divisa com Minas, está a seção mais generosa do Maciço do Itatiaia (e da Serra da Mantiqueira) em termos de vias de escalada. Paralela à Serra da Mantiqueira, a Serra do Mar se estende do Paraná ao Espírito Santo, mas é no Rio que atinge suas maiores altitudes e os maiores desníveis de relevo. Cruza o Estado quase continuamente de ponta a ponta, no sentido SW - NE, e sua seção mais imponente é o trecho Petrópolis / Teresópolis / Friburgo - a Serra dos Órgãos. É aí que, em meio à vegetação exuberante do que restou da mata atlântica, brotam muitas das maiores paredes rochosas do país, que só encontram similares em algumas montanhas do interior do Espírito Santo e Minas Gerais.

O ponto culminante desta serra é o Pico Maior de Friburgo, com mais de 2.300m, no recém-criado Parque Estadual dos Três Picos. Nele e nas montanhas à sua volta encontra-se a maior concentração de vias longas do Brasil, várias delas tendo entre 10 e 24 enfiadas de corda.

Muitos outros pontos do relevo merecem atenção, tanto pelas paredes quanto pelas caminhadas que oferecem. Uma descrição mais detalhada das montanhas pode ser vista no texto em anexo (Monumentos Geológicos).

A imagem de satélite abaixo oferece uma boa perspectiva do sistema orográfico do nosso estado, e nela indicamos de maneira aproximada os principais pontos de interesse montanhístico.

Clique aqui para ver a foto ampliada. Largura de 1200 pixels.


Preparamos também uma lista das montanhas de maior altitude do Estado do Rio, onde colocamos todas aquelas acima de 2.000 metros.
Clique aqui para ver a lista.


PERFIL DOS MORROS


Uma interessante gravura retratando o destaque formado pelos morros do Rio de Janeiro.
Clique sobre a imagem para amplia-la.

DICIONÁRIO


MACIÇO: (a1899) GEOL bloco compacto de rocha num cinturão orogênico, ger. mais rígido do que as rochas vizinhas e formado quase sempre de uma base cristalina; conjunto de montanhas que formam um bloco contínuo ¤ ETIM esp. macizo (1475 maciço) 'conjunto ou bloco sólido de matérias', der. de masa 'massa, pasta', do lat. massa,ae 'reunião de várias coisas umas amassadas com as outras'; f.hist. sXIV maçiças, sXV maciço, 1597 massiças, sXVI mociço ¤ SIN/VAR como adj.: mociço; ver tb. sinonímia de sólido ¤ ANT oco; ver tb. antonímia de sólido Dicionário Houaiss

GNAISSE: (Gneiss) Rocha Feldespática, xistosa e cristalina, de composição mineralógica muito variável. Dicionário Melhoramentos

IGNEO: geol diz-se de rocha ou mineral formado pela solidificação do magma; magmático ? etim lat. ignèus,a,um 'ígneo, de fogo, inflamado, abrasado; que tem a natureza do fogo, p.ext. Dicionário Houaiss

ESTRATO:.m. (1873 cf. DV) 1 GEOL unidade individual de rocha estratificada, diferenciada litologicamente dos estratos imediatamente superior e inferior; camada, leito 2 p.ext. qualquer tipo de camada Dicionário Houaiss MESOZOICO>: adj.s.m. (1899 cf. CF1) CRON GEOL 1 diz-se de ou erátema posicionado acima do Paleozóico e abaixo do Cenozóico 1.1 diz-se de ou tempo durante o qual as rochas desse erátema foram formadas (a era mesozóica), equivalente ao intervalo do tempo geológico aproximadamente entre 245 e 65 milhões de anos F como subst., inicial maiúsc. ¤ ETIM mes(o)- + -zóico; f.hist. 1899 mesòzoico; a datação é para o adj. Dicionário Houaiss



Gerardo Millone com a Guia Marcia Fontebasso.

EXPLICANDO EM POUCAS PALAVRAS

Quando falo para os turistas sobre a formação na Floresta, resumo assim "Restos de velhas montanhas pré-cambrearias, com enorme erosão, hoje MORROS, (não existe tradução em outro idioma para "morro"), 600 milhões de anos, com Gnaisse (explico o que é, uma rocha cristalina tanto ou mais dura que o granito) e Granito, mas com muitos outros componentes mais fracos como quartzos, o que da o visual quebrado, pois é uma rocha com muitos estratos, camadas. SEDIMENTAR, depósitos sedimentares no fundo dos mares, e também VOLCÁNICA, pois é origem Ígnea, solidificação do magma, sobre a sedimentar".

Gerardo Millone
O GUIA LEGAL







PESQUISA ELABORADA POR: Marcia Fontebasso





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