CARATERÍSTICAS GERAIS:

Não tem sinal de transito, nem posto de gasolina, os prédios não tem garagem, nunca se abrem ruas novas, nunca um prédio foi demolido e agora estão todos tombados.
Os edifícios não são altos embora sejam altos, pois os andares vão tanto para abaixo como para cima do solo.
Tem pouquíssimas pracinhas.

Santa Teresa está situada num espigão do Maciço da Carioca composta pelas seguintes unidades:

MORRO DA NOVA CINTRA, DOS PRAZERES, DE PAULA MATTOS.

O isolamento, o clima diferente, convidou a muitos estrangeiros escolher o bairro alguns fugindo das guerras.
Também é o bairro dos artistas, artesãos, com mais de 80 "ateliers".
O fenômeno começou pelo aluguel barato e os amplos espaços nos anos '60 e '70, existindo hoje uma verdadeira cultura alternativa.
No evento de Arte a portas abertas, feito duas vezes por ano, participaram 50 ateliers.
Depois de desmonte do Morro de Santo Antônio, muitos comerciantes e uma completa colônia italiana, muda-se para Santa Teresa.
Nos anos 40, depois da segunda guerra mundial, muitos moradores de Copacabana deixavam suas casas dada a especulação imobiliária da região, e muitos deles vão para Santa Teresa.







1602: Iniciam-se estudos para trazer a água à cidade.
1624: Começam os trabalhos. Vão demorar décadas.
1629: Antônio Gomes do Desterro manda construir uma capela devotada à Nossa Senhora do Desterro, então Santa Teresa foi conhecida como Morro do Desterro.
1638: Um ato de vearança faz que sejam expulsos os moradores das maregens do Rio Carioca, evitando assim a poluição por currais e plantações de fumo.
1706: Começa construção do Aqueduto, arcos de pedra e cal, no local chamado Mãe d'água, onde existia uma grande rocha por onde corre água.
Ali se construíram três tanques de pedra. A água chegou até o largo de Ajuda. A "Mãe d'água também foi chamada de "Fonte dos Amores" e "Fonte do Beijo"
1723: O governador Aires Saldanha leva as águas até o Largo de Santo Antônio, e inaugura a fonte da Carioca com 11 bicas, bebedouro para cavalos e tanque para lavar roupa.
1744: O governador compra terras no Largo de França para fazer a caixa d'água.
1750: O governador Gomes Freire de Andrade faz construir o Convento de Santa Teresa (clausura de freiras Carmelitas) passando a região ser conhecida por esse nome. Também repara os canos da Carioca e o Aqueduto.
Eram 42 arcos, 270 m. de altura e 6.600 m. , ligando os morros do Desterro e Santo Antônio.
1785: Se captam as águas de Lagoinha, Caboclas e Silvestre.
1817: (9/08): decreto que determina o traçado da RUA DO AQUEDUTO a uma distância de 6,6 m (originalmente uma trilha), ao longo do córrego do Rio Carioca que nasce bem acima das Paineiras.
A idéia de fazer a rua foi para evitar a poluição das águas, dado que os negros quilombolas refugiavam-se na beira do rio.
1831: Se captam as águas das paineiras.
1872: Decreto do Império concede por 16 anos uma linha de carris de ferro para transporte de passageiros e cargas nos morros Santa Teresa e Paula Mattos.
1896: O 1º de Setembro inaugura-se a primeira linha de bondes a tração elétrica. O Aqueduto vira Viaduto. O 9 de Junho se tenha feito uma prova de resistência com o estacionamento sobre os arcos de uma carga de 10 toneladas por 2 horas.
1897: À já existente linha Carioca - Silvestre (9500 m.)se soma a linha ramal Paula Mattos ( 1500 m.).
1917: a rua passa a se chamar ALMIRANTE ALEXANDRINO, homenagem à herói da República que morreu em 1926. (ver antigos nomes de ruas).
A rua é o antigo caminho das águas do Rio Carioca, por isso o seu traçado similar a um rio. E ia em direção ao Aqueduto da Lapa.

Arcos da Lapa - Século anterior
Arcos da Lapa - Século anterior


Bondinho puxado a cavalos
Cartaz da Empresa de Bondes








Dêsse tipo de condução, nunca mais se desligou o nome de bond, depois e até hoje aportuguesado para bonde.

É que coincidindo com o aparecimento de tais veículos, não só fôra lançada, na praça, com grande celeuma pela imprensa, uma emissão governamental de apólices ou títulos negociáveis, a que na Inglaterra chamam bonds, como também, e ao mesmo tempo, para a facilidade de trocos, a Companhia adotara bilhetes de passagem.

O povo aproximou logo êsses dois fatos e a palavra bond, cada vez com maior amplitude de significação, passou a designar êsses mesmos passes, a Companhia e os veículos.

E êsse nome prevaleceu sôbre outros com que também apelidaram os novos carros: vaca de leite em alusão às campainhas que tilintavam no pescoço de seus burros, e jabuti devido à forma dos seus primitivos tejadilhos abaulados.
Antes (quando eram com burros) eram chamados de tramueis.

FONTE = Aparência do Rio de Janeiro - Segundo Volume -
Gastão Cruls - Livraria José Olympio Editora



Estação dos bondes no Largo da Carioca
Estação com vista para a Catedral
Linha Dois Irmãos e
Linha Paula Mattos
Circulam de 6 h. Da manhã às 23 h. Saem de Largo da Carioca cada 15 minutos, alternando linhas.

Linha Silvestre
Saem de Largo da Carioca ás 9:00 h e 15:00 h










Homem que pula no bonde, agarra-se ao balaústre, salta nas retas de grande velocidade e volta a pegá-lo como se fosse um contorcionista.
São loucos que passeiam cruzando de bonde em bonde, fazendo esse estranho esporte, gritando "Joga nos oitão!!" pois a manivela parada no 8 é a maior velocidade do bonde. Atividade masculina




Motorista, condutor de bonde. Controla as paradas e velocidade do bonde.




Se destaca Euclides Gonçales Cabral Filho, um gordo que alguma vez estudou história, e hoje é cobrador e estuda continuamente fatos de Santa Teresa, e se faz desinteresadamente de Guia aos passageiros do bonde.




São os engraxadores dos trilhos e reparadores dos cabos elétricos. Verificam constantemente os trilhos de desvios.






Antiga chácara de Silvestre Pires Chaves, a 220 m. de altitude sobre o nível do mar.
Até 1966 circulou o bonde. Depois de uma grande tormenta, as enchentes derrubaram trechos inteiros da rua e os trilhos nunca mais foram repostos.
Silvestre Pires Chaves era descendente de Cipriano Pires Chaves, un dos mais importantes trabalhadores nas obras do Aqueduto.




O Barão do Curvelo, Joaquim José de Meireles Freire, concebeu obras para o transporte das águas.
Antiga Rua do Curvelo, hoje Dias de Barros. No Curvelo está a casa de Manuel Bandeira (que viveu com Ribeiro Couto).
Conduz à Lapa e a Chácara do Céu, museu Raymundo Castro Maya (com gravuras de Debret e desenhos a lápis cera de Portinari inspirados em Dom Quixote).




Hoje o Castelo e um prédio de apartamentos. Seu origem é do fim do século XIX, e foi projetado por Fernando Valentim, filho do Comendador Antônio Valentim. Fernando era arquiteto e cenógrafo, e tem trabalhado com o importante arquiteto - urbanizador Lúcio Costa. Achamos que o estilo do Castelo é "Neo-romántico com tendência gótica", mas, sabemos que como tantos prédios no Rio o estilo do castelo é "Eclético", com aspecto de fortaleza. Nos anos '40 foram acrescentados dois andares fazendo um condomínio de oito apartamentos.





Jorge Selarón é um artista chileno nascido em Valparaíso, e mora no Rio há 17 anos.
O artista começou reunir em 1990 azulejos de todo o mundo (hoje 1100 peças) e os colocou na escada que une Lapa à Santa Teresa.
Ele esta todos os dias limpando a escada de 215 degraus, cuidando das plantas num trabalho constante de renovação.
O restaurante Arnaldo exibe quadros de Selaron, com a figura de uma mulher grávida, marca registrada do artista.







Passando pelo Largo da França, existe um edifício amarelo bem ao lado do Colégio Suíço Brasileiro, se entra a uma gruta.
Se chega com um triciclo movido à gás, como um elevador de um trilho só para 4 passageiros que percorre 600 metros.
Lá morou a artista plástica Djanira.
Também chamada Vila Jardim Santa Cecília, construída há 40 anos por seu antigo proprietário CICERO FERNANDES DA COSTA (homem de posses) para oferecer moradia barata aos recem - casados.
Os estrangeiros foram ali se estabelecendo atraídos pelo clima que lhes lembravam a Europa.




O bondinho, que sobe na sua posição horizontal, é um elevador com tração a vapor.
Inaugurou-se em 13 de março de 1877. Até 1926, partindo da Rua Riachuelo 89, subindo pela Ladeira de Castro, até o Largo de Guimarães, com dois bondinhos para 28 passageiros e um trajeto de 513 m.
O Plano Inclinado combinava com uma linha de bondes de burro até largo de França.
Duas fotografias do plano inclinado se encontram no livro de Waldemar Corrêa Stiel, Historia do Transporte Urbano no Brasil (Editora Pini Ltda., Brasília 1984, não se encontra mais nas lojas e somente pode ser comprado nos sebos), nas páginas 331 e 332, e ali descrito de "Plano Inclinado de Paula Mattos".
Porém, com o nome "Elevador Paula Mattos" existia de 1896 à 1901 um outro elevador vertical com uma passagem horizontal em cima, mais além na Rua Riachuelo, perto de um túnel rodoviário. O proprietário foi a bancarrota, pois o elevador foi no lugar errado.
Estas informações, assim como sobre todos os Planos Inclinados do Rio de Janeiro, encontram-se no site "http://www.ferrolatino.ch/FLBBrasRioFunicEng.htm" O Castelinho, ao lado, uma das belas vistas oferecidas durante a viagem.



O morador mais famoso do Rio de Janeiro é Ronnie Biggs, o "ladrão do assalto ao trem".
Ronnie pertencia à gangue de ladrões que no Agosto de 1963, no Londres, pararam um trem postal y roubaram mais de dois milhões de libras esterlinas.
Parte do roubo jamais se achou, e Ronnie e outros 11 foram detidos e processados. Ele fugiu em 1965 e chegou a Brasil, via Paris e Austrália, depois de se fazer uma plástica no rosto.
Instalou-se sem problemas pois não existia tratado nenhum de extradição entre os dois países.
Jack Slipper, o detetive de Scotland Yard que ocupou-se do caso, veio para o Rio muitas vezes sem conseguir a extradição do ladrão, intentos frustados depois do nascimento do filho brasileiro de Ronnie.
Quando se firmou um tratado de extradição entre os dois países, o Estatuto de Limitações do Brasil determinou que o crime estava prescrito.
Hoje Ronnie vive na Inglaterra, finalmente preso.




Hotel Bela Vista
procurado na Febre Amarela pelos viajantes
Hotel Santa Teresa
na Rua do Aqueduto (A. Alexandrino) 48, rival do Bela Vista.
Hotel Vista Alegre
na Rua do Aqueduto (A. Alexandrino) 68.
Chamado de casa de convalescentes
Grand Hotel Internacional
era um dos mais importantes, funcionou até os anos '30 Ali estiveram alojados Isadora Duncan, Sarah Bernhardt e Nijinski com a Rômova.




  • Catumbi
  • Rio Comprido
  • Glória
  • Catete
  • Bairro de Fátima
  • Cosme Velho
  • Laranjeiras
  • Centro (Lapa)
  • Tijuca




A "favelização" de Santa Teresa ocorreu nas décadas de 40 e 50, pelo êxodo rural de quase 400.000 pessoas indo para as favelas, 41.000 migrantes provenientes do Estado do Rio.
Os moradores das favelas, atualmente, trabalham no Centro e na Zona Sul.
Existem 8 favelas no Santa Teresa.

  • Julio Ottoni - Surgiu em 1896, dentro da Floresta da Tijuca.
  • Favela da Baronesa - Na ladeira Frei Orlando, ocupa um terreno que pertencia a uma baronesa estrangeira. Ela morreu, e na falta de herdeiros, o terreno ficou abandonado e foi ocupado por volta de 1950 por cinco famílias. Em 1970 uma ação policial de despejo expulsou os moradores e destruiu a mansão, mas eles voltaram logo a seguir, construindo seus barracos dentro das ruínas do solar, espalhando-se posteriormente por becos que se abriam fora delas. O sistema viario da favela se constitui po um corredor de circulação em forma de "U " contornando as ruínas da casa e tem piso original de cerâmica, resto da casa.
  • Morro dos Prazeres - Originada na década dos anos 30. Na segunda guerra mundial um grupo alemão tentou tirar os moradores dando para eles outros terrenos no Catete, mas o assunto não deu certo.
  • Morro da Coroa - Ocupado em 1946, se expandiu com a derrubada do morro de Santo Antônio do centro da cidade.
  • Rato Molhado
  • Vista Alegre - Teve sua ocupação ligada às enchentes de 1965 que desabrigaram muitas pessoas de outras favelas.
  • Ocidental - Fallet -Ocupada por volta de 1931 em terreno da propriedade da família Paes Leme. Era um terreno para criação de gado, a família morava no Largo da França, e os empregados tomaram o terreno.
  • Francisco de Castro - Originada em 1960.
  • Unidos de Santa Teresa -Chamada também de Eliseu Visconti, Mato de Santa Teresa ou Sobradinho, se originou nos anos 30 e existe dentro uma indústria de calçados (dado de 1960)
  • Pereira da Silva
  • Morro S. Judas Tadeu
  • Favela do Escondidinho





Principais ações exigidas do caroneiro, a saber:

1) Seu corpo, ao saltar, deve correr paralelamente ao bonde em movimento; sua cabeça deve estar voltada tanto quanto possível para trás, para que os olhos possam localizar o ponto exato que o corpo deverá ocupar, de volta ao bonde.

2) Ao agarrar o balaústre com os dois braços, o caroneiro deverá apoiar apenas uma das pernas sobre o estribo do bonde; a outra estará ainda no ar, servindo para o equilíbrio do corpo, formando um ângulo reto.

3) Tendo retornado ao bonde, o caroneiro deverá mais do que depressa voltar à dianteira do veículo, não só para provocar o motorneiro, mostrando-lhe que ainda está vivo, como também para saltar uma vez mais, aproveitando a velocidade talvez ainda maior em que o bonde poderá encontrar-se. Assim como num concurso de barras assimétricas, a maior quantidade de exercícios no menor tempo possível também é considerada a favor do caroneiro.

4) Deve provocar medo nos passageiros, ainda que seja o único que se arrisque; deve enraivecer o cobrador, seja por lhe perturbar o trabalho; seja por ridiculizar o seu modo correto, profissional e lento de andar preso aos balaústres, saltando para a rua apenas quando o bonde está parado.

5) Deve inventar frases, slogans, provérbios ou gestos que caraterizem o seu talento, como o soco no ar de Pelé. Agindo assim, o caroneiro conseguirá uma admiração entremeada de reprovação; atingirá um patamar de marginalidade branda, sem violência e sem agressão, marcado apenas por sua vagabundagem, por sua irresponsabilidade, pela conduta desafiadora.









Chácaras do passado. Santa Teresa era originalmente um conjunto de chácaras, que foram retalhadas para urbanizar o lugar. Veja maiores detalhes !


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Lorena ("Lola") tem uma pequena e gostosa Lojinha bem perto da Adega da Pimenta, frente à  descida para Catete e o Aterro.
Seus quadros tem estilo "único" e gostam muito  os nossos turistas.
E além de sua qualidade, é a Artista de Santa Teresa que mais passa informações para os GUIAS!
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