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PESQUISAS REALIZADAS PELOS GUIAS
ALEXANDRE RISTOFF

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Alexandre é Guia de receptivo e um dos melhores guias-pesquisadores
de botânica no Rio de Janeiro. Como é gaúcho enviou para
oguialegal de presente uma muito boa pesquisa sobre a erva-mate.
Alexandre fala fluente Alemão e Inglês.
Seu telefone é 9182-3281.
INTRODUÇÃO
Esse estudo dividido em três partes não lineares, tem como objetivo:
1. Descrição da planta da erva-mate, apontamento das suas principais
propriedades, explicando seus tipos, bem como os processos de preparo;
2. Demonstrar a influência dos pioneiros no mito e na descoberta européia
dessa planta;
3. Definir os avios de mate, com enfoque na sua origem e diversificação
técnico-artística.
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A PLANTA DA ERVA MATE
A erva-mate é uma planta da família Aquifoliaceae, atendendo pelo nome
botânico de Illex paraguaienses.
Podendo chegar a 8 m de altura, ocorrem principalmente nos estados
de Mato Grosso do Sul, São Paulo até o Rio Grande do Sul em matas de
pinhais, geralmente formando capões homogêneos.
Seu principal uso vem do preparo de suas folhas, caules e ramos de
qual se extrai um chá - o mais consumido no país e exportado para
todo mundo - o mate, chimarrão, tererêc, etc. que dependendo da
região é diferenciado pelo nome e preparo.
PROPRIEDADES DA ERVA MATE
A erva-mate tem sido tema de estudo por diversos laboratórios de pesquisas e cientistas que atribuem diversas propriedades e efeitos fisiológicos a essa bebida, uma das razões pelas quais esta estar tão difundida.
Em estudos realizados pelo Dr. Dublet atribui-se à erva-mate o seguinte:
- 1- elimina fadiga, estimulando a atividade física e mental;
- 2- atua sobre a circulação, acelerando o ritmo cardíaco, diminuindo assim, a tensão arterial; atua sobre o grande simpático sem desequilibra-lo, como o café, e harmoniza o funcionamento bulbo-medular; não produz insônia atuando diretamente sobre o sistema locomotor;
- 3- atua sobre o tubo digestivo, ativando os movimentos peristálticos do estomago e dos intestinos, favorecendo a evacuação e a mictação;
- 4- como nutritivo apresenta duas características:
- a) acelera a digestão (assimilação), eliminando as perturbações digestivas;
- b) contêm elementos resinosos albubinoides assimiláveis; é um anticonsumidor, verdadeiro dinamógeno.
As análises feitas com as folhas da erva-mate mostraram que esta planta possui muitas vitaminas, aparecendo em maior escala as do complexo B; possui também cálcio, magnésio, sódio, ferro e flúor, minerais essencialmente indispensáveis a vida.
LENDAS DA ERVA MATE

Existem diversas lendas guaranis que narram a origem, simbologia e fascínio que essa planta e seu chá exerce sobre seu povo. A escolhida aqui é extraída do livro de Eduardo Galeno "Lembranças do Fogo".
A Lua se derretia de vontade de visitar a terra. Ela queria experimentar seus frutos e banhar-se em um rio. Com ajuda das nuvens ela desceu. Desde o por do sol ao amanhecer as nuvens tapavam o céu, para que ninguém se apercebesse da sua ausência.
A noite na terra foi maravilhosa. A lua percorria as florestas do alto do Paraná, aprendia a conhecer estranhos cheiros e temperos, nadando longo tempo no rio. Duas vezes foi salva por um velho agricultor. Na primeira uma onça quase dentou o pescoço da Lua, no que o velho agricultor a matou. Na segunda, a lua estava com fome, e o velho homem a levou para casa.
- Nós só temos a oferecer nossa miséria, falou a mulher do agricultor, dando-lhe tortillas.
Na noite seguinte quando a lua subiu ao céu, olhava para a
casa de seus amigos. O velho agricultor tinha construído sua casa
num clarão, distante das demais vilas, vivendo quase que em
confinamento com mulher e filha.
A lua percebeu que na casa não havia mais nada para comer, haviam dado a ela as últimas tortillas. A lua então brilhou com sua melhor luz e pediu às nuvens que fizessem chuviscar em volta da casa. Quando o dia raiou, árvores desconhecidas tinham brotado da terra. Sobre seus galhos verde-escuros havia flores brancas.
A filha do agricultor se tornou imortal. Até hoje ela possui a erva-mate, viaja com ela pelo mundo, oferecendo-a as pessoas. O chá da erva-mate acorda os insolentes, anima os preguiçosos e transforma estranhos em amigos.
A INFLUÊNCIA DOS GUARANÍS
Os índios guaranis que foram os primeiros a fazerem uso da erva-mate, começaram a ocupação do Brasil há cerca do ano 1 a. C., descendo pelos grandes rios, desde o Amazonas. Os guaranis não eram apenas exímios na arte de navegar bem como na arte de guerrear, possuindo lanças, tacapes, arcos e flechas, razão pela qual em pouco tempo todo nosso território abrangia inúmeras aldeias, quando os europeus aqui chegaram.
É também mérito dos guaranis a introdução da cerâmica e
principalmente da agricultura. Por onde passavam os guaranis iam incorporando novas plantas em sua dieta e assim deixando também um legado de espécimes que hoje se encontram espraiadas, graças a eles, por todo o Brasil. Como exemplo podemos citar o milho, o tabaco, a abóbora, a pimenta, os pimentões, o amendoim, diversos tipos de moranga, os feijões, a mandioca e, claro, a erva- mate.
A DESCOBERTA EUROPÉIA
Quem pela primeira vez fez menção ao uso e preparo dessa bebida foi o
botânico e professor francês Auguste Saint Hilaired (1779-1853), que
classificou duas famílias, muitos gêneros e mais de mil novas espécies
da fauna brasileira, ganhando a acalcunha de cientista luso-brasileiro.
No Rio Grande do Sul, de passagem, hospedou-se em 22 de setembro de
1820 na estância de José Correia quando descreveu: "O uso dessa bebida
é geral aqui. Toma-se ao levantar da cama e depois várias vezes ao dia.
A chaleira de água quente esta sempre ao fogo e logo que um estranho
entra em casa se oferece o mate.

O nome de mate é propriamente de
pequena cabaça onde ele é servido, mas dão-no também à bebida ou
quantidade do infuso contido na cabaça: assim disse ter tomado dois ou
três mates quando se tem esvaziado a cuia duas ou três vezes.
Quanto à planta, denominam-na erva-mate ou, simplesmente, erva.
A cuia tem capacidade de mais ou menos um copo, é cheia com erva até
a metade, completando-se o resto com água quente.
Quando o mate é de boa qualidade, pode-se escaldá-lo até dez ou
doze vezes sem renovar a erva.
Conhece-se que está perdendo sua força e que é necessário trocá-la,
quando, ao derramar sobre ela água quente, não se forma espuma na
superfície."
(Viagem ao Rio Grande do Sul, Saint Hilaire, tradução de L Azevedo Pena).
OS PROCESSOS DE PREPARO
No processamento das folhas, temos três operações distintas:
Sapeco, Secagem (torrefação) e Cancheamento
- 1 - Sapeco - Após o corte dos ramos da erveira, estes são passados rapidamente pelas labaredas de uma fogueira feita no local. A finalidade desta operação é abrir os vasos da folha através de uma intensa sudação, provocando uma desidratação mais rápida.
- 2 - Secagem - (torrefação)
- a) - Carijó - Método primário artesanal, de torrefação, usando o calor direto de uma fogueira, até as folhas se tornarem crespas e quebradiças, através de uma intensa sudação. Esta operação, em condições normais, dura aproximadamente 7 horas.
- b) - Barbaquág - Preenche a mesma finalidade do carijó, no caso do calor, é indireto (o calor de uma fogueira é levado através de um conduto até o local (quarto) onde se encontram ramos depositados. Esta operação varia de 14 a 16 horas para completar a torrefação. Este é um método empregado da industrialização da erva-mate).
- 3 - Cancheamento - É a trituração de folhas e caules na cancha. Esta operação, primitivamente, era feita sobre um carnal de couro cru, aonde os ramos vindos do carijó eram golpeados com um facão de madeira. Seu acabamento era feito em pilões.
Nas canchas mais evoluídas, com rolo sobre um tablado de madeira, é usada a tração animal. Após a trituração das folhas e caules é feita a primeira peneiragem (cancha furada); a erva é peneirada na cancha.
Este é o ciclo do cancheamento no preparo da erva-mate que completa esta etapa. Depois, a erva-mate é ensacada ou enocada em depósitos arejados e secos.
O ideal de estacionamento desta erva-mate para que se acentuem suas propriedades, como sabor e aroma, é de dois anos de amadurecimento. O Presidente Lopéz, do Paraguai, proibiu a venda de erva-mate que não estivesse estacionado durante 2 (dois) anos. Na Argentina, este prazo foi reduzido para seis meses.
O beneficiamento na indústria é a última fase (acabamento nos engenhos).
TIPOS DE ERVA MATE
Dentro da Classificação popular no Rio Grande do Sul, o gaúcho costuma
classificar a erva-mate da seguinte maneira:
- Pura Folha ou Tipo Argentina (é feita só da folha).
- Barbaquá ou Tipo Missioneira ( maior aproveitamento da erveira com todo o ramo, isto é, folha e caule).
Quanto à fortidão:
- braba- seu sabor é forte. Custa mais a lavar. De cor verde escura, com mais ou menos 30% de extrato aquoso.
- mansa- seu sabor é suave. Lava mais rapidamente. De cor amarelada, com baixa porcentagem de extrato aquoso.
OS AVIOS DE MATE
Os avios de mate que também são chamados de apetrechos, possuem cada parte deste conjunto, nomes característicos:
- a) topete, respiro, morrete, cerro, barranco,cristo, etc.;
- b) bomba, bombilha, tacuapi;
- c) beiço e bocal;
- d) pescoço;
- e) cuia, mate, porongo, caiguá
- f) umbigo, cabo, bico.
A BOMBA
A bomba de mate é formada por um canudo metálico, de 20 à 25 cm de
comprimento por 5 a 8mm de diâmetro.
Uma das extremidades é achatada deixando um pequeno orifício longitudinal
para impedir o fluxo excessivo de mate.
Na outra ponta, possui o ralo, com a finalidade de coar a infusão da
erva-mate.
As partes da bomba:
- a) haste;
- b) ponteira;
- c) coador.
TACUAPI - A BOMBA PRIMITIVA
Primitivamente, os índios da nação guarani, que foram os
iniciadores da erva-mate, criaram a bomba de taquara, por eles
chamada de tacuapi.
Esta bomba primitiva era retirada de treco de taquara entre dois nós.
Uma das extremidades ficava com o nó e os brotos.
Junto ao nó eram feitos pequenos orifícios laterais que os brotos
eram então enrolados ou então tramados por cima dos furos, formando
assim um coador.
A outra ponta era aberta e falquejada para dar uma forma mais
suave a ponteira por onde era sorvido o conteúdo.
A BOMBA
No fim do séc. XVII, começo do séc. XVIII, a maioria dos artesãos
que vieram a essa região foram trazidos pelos padres para suprir
nas igrejas a carência de objetos religiosos, principalmente os de
grande requinte. Com a vinda destes artesãos o patrimônio das
igrejas aumentou, que com a matéria prima abundante, não dependia
mais dos carregamentos da Europa.
Impregnados pela influência religiosa estes artífices, começaram
a produzir objetos de uso cotidiano.
A partir desse período começaram a aparecer bombas de mate
(baseadas na tacuapi indígena) com detalhes de arreios cabos de
relho, cuias, etc.
Os materiais mais encontrados nas bombas eram o latão, a alpaca,
a prata e o ouro (o ouro como detalhe), sendo estes dois últimos
destinavam-se às classes de maior poder aquisitivo.As bombas
confeccionadas em latão esquentam muito, usadas pelas pessoas
de menor posse. Atualmente as bombas de alpaca e as de
aço-inoxidável, de preço acessível são muito usadas, embora o
ideal sejam as bombas de prata.
Dentro do espírito de criatividade os artesãos criaram
uma linha bem definida que hoje caracteriza a prataria
do Rio Grande do Sul.
TIPOS DE BOMBAS
Quanto ao feitio das bombas a particularidade está no ralo
e podemos classifica-lo em quatro tipos:
- a) tipo coco- encontrado na tacuapi missioneira e na bomba de asa usada nos mates de cálice ou mates de pé (ralo redondo);
- b) tipo Assis-Brasil ou 1001- possui a forma de dois pratos emborcados um sobre o outro, sendo o nome 1001 dado devido a quantidade de orifícios que apresenta em ambos os lados;
- c) tipo colher- tem o formato de meia bola, o que o torna cômodo para retirar a erva-mate da cuia;
- d) a bomba de mola- seu feitio esta baseado na tacuapi primitiva, tendo um canudo fechado na extremidade com orifícios laterais encobertos por uma mola (metálica), que é pressionada por um prendedor em forma de lira.
O PORONGO, ORIGEM DA CUIA
O primeiro e mais usado material na confecção de cuias são os
porongos.
Os porongueiros pertencem à família das curcubitaceas, em guarani
chamados de yeruák.
Existem muitas variedades desta espécie. Quanto à sua resistência,
temos o porongo de casca fina e de casca grossa.
A ARTE EM PORONGOS
O porongo de casca grossa devido à espessura de suas paredes,
se presta para escultura, para trabalhos de baixo relevo,
permitindo entalhes mais profundos.
Muito maior cuidado requer o porongo de casca fina pois racha
com maior facilidade.
Os trabalhos mais comuns em porongos são a pirogravura,
o sistema de "fetio programado", que consiste em regular o
crescimento do fruto, e com isso, determinar a sua forma final,
e por último as pinturas e os desenhos, sempre inspirados na
natureza, pontificando os motivos florais, puros ou estilizados.
Existem cuias retovadas com prata e algumas bordadas a ouro.
A roseira com botões, flores e folhas são os mais comuns, pois
essa rosácea é um símbolo gaúcho.
Por isso também encontramos esse motivo (estilização) em quase
todos os trabalhos de prataria do Rio Grande do Sul.
Os bocais de alpaca, nas cuias de mate, são muito comuns, assim
como os de prata, trabalhado ou simples.
O gaúcho dá preferência à cuia simples, em sua forma natural;
as requintadas em geral só servem de enfeite.

PINTURA EM CUIAS
Esta arte de pintar as cuias é pré-colombiana, pois já recebia
grande atenção da artesania peruana.
Os motivos foram os mais variados: geométricos (barras, linhas
escalonadas, gregas, anéis, losângulos, etc.); antromorfos;
zoomorfos; ornitomorfos e motivos com cenas do meio ambiente,
como: rancho, forno de pão, mangueira, etc.
As cores usadas em geral eram primárias: amarelo, vermelho e azul;
além dessas cores preto cinza e branco também apareciam com
freqüência.
Essas cuias pintadas também serviam para guardar objetos, e
alguns usavam para guardar fumo.
TIPOS DE CUIAS
O recipiente para tomar mate é conhecido pelos seguintes nomes:
cuia, mate, porongo e os guaranis o chamavam de caiguá.
- 1- cuia de gajeta (do castelhano galleta) ou bolacha;
- 2- cuia retovada com saco de touro, isto é, cuia recoberta com a capa dos testículos do terneiro;
- 3- cuia de pêra, que tem uma particularidade: é feita do corpo do porongo, isto é, da parte de baixo do fruto, feitio de cuia - pára sozinha;
- 4- cuia teto-de-vaca;
- 5- cuia saco-de-touro,o uso da cuia com retovo (revestimento) de saco de touro é encontrado na campanha mais como uma curiosidade, pois seu uso não é generalizado;
- 6- cuia de pescoço ou de beiço.
CUIAS DE CÁLICE OU MATE-DE-PÉ
No Rio Grande do Sul, quase no final do séc. XVII a influência da
prataria principalmente de origem portuguesa, se fez sentir nos
costumes.
A partir do séc. XVIII, começa a aparecer a artesania
em cuias de mate e outros objetos.
Surgem assim os mates-de-cálice ou mates-de-pé, usando-se de
vários tipos de metal, até a prataria lavrada em ouro.
CONCLUSÃO
Percebemos através desse estudo a importância dessa planta para
a cultura gaúcha.
Seja pela árvore, seu preparo, uso ou apetrechos, as diversas
facetas da cultura da erva-mate podem e devem ser incluídas em
roteiros turísticos, como algo verdadeiramente nacional.
NOTAS
- Mate - castelhanismo da palavra mati, de origem uéchua originalmente empregada para designar o fruto do porongueiro ou seja a cuia ou o recepiente para a infusão da erva-mate. Por extensão passou a designar o conjunto: cuia, erva-mate e bomba.
- Chimarrão - do espanhol cimarron; significa margo, chucro, bruto, bárbaro.Este vocábulo no RS também é empregadopra se referir a homem e animal.
- Tererê - do tupi-guara, designa mate, chimarra, servido com água fria, também chamado de mate Paraguai.
- Saint Hilaire - Para comemorar o III. Centenério do Museu de História Natural de Paris em 1900, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro inaugurou - junto à Aléia João Barbosa Rodrigues (diretor deste Parque, de 1890 a 1909) - seu busto, em bronze, de autoria de Bartholomeu Humberto Cozzo.
- Sapeco - do tupi-guarani: Sá=olho, peca=abrir. Abrir os olhos - romper os vasos da seiva favorecendo a desidratação.
- Carijó - do tupi-guarani ( caá ari yú): erva em cima do amarelo, claridade, fogo.
- Barbaquá - do tupi-guarani (barbacuá) - boberaquá: buraco que faz reluzir
- Tacuapi - do tupi-guarani (tacua api):cana oca e lisa ou alisada-ponta; bomba para a infusão da erva- mate.
- Cuia - do tupi-guarani (ca i guá): sinônimo de caiguá (erva = ca, i = água, guá = recepiente para a água e a erva-mate).
- Porongos - castelhanismo: porongo ou poro, com origem nos vocábulos porungu e puru que se referem a porongos de dimensões maiores.
- Yeruá - do tupi-guarani, recipiente para infusão da erva-mate, sinônimo de cuia.
BIBLIOGRAFIA
- 1 - LORENZI, Harri. - Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil, Vol. 1, 4a. ed., Instituto Plantarum, 2002.
- 2 - GALEANO, Eduardo - Memórias del fuego: Los nacimientos, 2ª. ed. Siglo veintiuno de España Editores, 1982
- 3 - COSTA, Elmar Bones - História Ilustrada do Rio Grande do Sul, Ed. Já Porto Alegre Editores Ltda, 1998.
- 4 - FAGUNDES, Glênio - Cevando mate, 9a.ed., Ed. Martins Livreiro, 1986.
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